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História das Ameaças Cibernéticas: A Nova Guerra Fria (Presente)


Esta é a década da computação na nuvem, da ascensão do hacktivismo e do nascimento da ciberguerra real. Quem sabe o que mais vai acontecer? Os ataques cibernéticos continuam a aumentar a um grande ritmo, crescendo 42% em 2012 em relação ao ano anterior e os especialistas em segurança de TI não têm nenhuma razão para acreditar que isso vai abrandar. Pelo contrário, a maioria dos especialistas acredita que as ameaças cibernéticas não só irão crescer em frequência, mas também se tornarão mais sofisticadas. Os hackers agora ou são criminosos decididos a ganhar dinheiro, hactivistas a protestar ou governos empenhados em atingir os seus próprios cidadãos ou atacar outros governos, quer por espionagem ou guerra cibernética. Este novo nível de sofisticação e recursos torna a vida muito difícil para os responsáveis pela defesa das redes contra ataques.  

 

Marcos históricos


2010


Dezenas de empresas de tecnologia - a maioria em Silicon Valley - vêm as suas redes de computadores ser infiltrados por hackers localizados na China. A Google revela publicamente que tem sido alvo de um ataque altamente sofisticado e focado sobre a sua infra-estrutura empresarial, também originário da China, que resultou no roubo de propriedade intelectual. Os ataques são baptizados Operation Aurora e os media oficiais chineses respondem afirmando que os incidentes são parte de uma conspiração do governo dos EUA.

Operation Aurora

A Grã-Bretanha anuncia que vai dedicar mil milhões de dólares à construção de novas defesas cibernéticas. Iain Lobban, director do Government Communications Headquarters, afirma que o país enfrenta uma "real e credível" ameaça de ataques cibernéticos por Estados hostis e criminosos visto que os sistemas governamentais são atacados cerca de 1.000 vezes a cada mês, ameaçando a economia britânica.

História das Ameaças Cibernéticas: Um Novo Mundo (2000s)

Nesta nova década, o consumidor médio é persuadido a utilizar o cartão de crédito na Internet para compras, aumentando os riscos de roubo cibernético. A maioria das empresas de cartões de crédito oferece seguros e ex-hackers são contratados pela indústria para projectar medidas de segurança melhoradas.

Os ataques cibernéticos tornam-se mais frequentes e destrutivos e crianças, utilizando programas automatizados que executam funções que eles não poderiam realizar por si sós, executam muitas dessas acções, atingindo grandes empresas e causando graves perdas financeiras. O ataque por negação de serviço (DoS) torna-se um instrumento de guerra e os ataques são projectados para paralisar sites, redes financeiras e outros sistemas de computador, inundando-os com dados de computadores externos.

Juntamente com estes ataques criminosos contra bancos e indústrias dependentes da net, há um aumento da ameaça do terrorismo cibernético. Esta é a década do 11 de Setembro e os ataques nos Estados Unidos geram diversas reacções de diferentes grupos, com o FBI a emitir advertências de possíveis ataques terroristas através da Internet. Alguns acreditam que a ameaça é real e possível, a qualquer momento, enquanto alguns o negam afirmando ser quase impossível com todos os sistemas de segurança existentes.

Marcos Históricos


2000


Michael Calce, um canadense de 15 anos de idade, com a alcunha "Mafiaboy" lança uma séria de ataques DoS contra grandes empresas com altos níveis de segurança e vários sites de comércio electrónico. Entre os que são atacados está o fabricante de computadores Dell, a gigante da média CNN, e os sites de compras Amazon e Ebay. A fim de fazer isso, Mafiaboy consegue acesso ilegal a 75 computadores em 52 redes diferentes e instala uma ferramenta de DoS que então activa e usa para atacar diversos sites da Internet, causando cerca de 1,7 mil milhões de dólares em perdas.

Mafia Boy