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O Futuro das Ameaças Cibernéticas


As ameaças cibernéticas surgem ao mesmo ritmo que as novas tecnologias e, com os computadores a ser agora uma parte crítica de nossa infra-estrutura - desde os nossos smartphones e carros até aos sistemas nacionais de energia e mesmo as prisões –, os danos potenciais são catastróficos. As grandes multinacionais e as pequenas empresas locais usam a infra-estrutura online para facilitar a inovação económica e tecnológica. As agências de defesa e inteligência dependem de redes virtuais para gerir operações distantes, analisar dados de espionagem e implementar a segurança interna, a logística militar e os serviços de emergência.

A dependência global da Internet cresce a cada dia e muitos países estão agora dependentes de uma infra-estrutura cibernética que permite o funcionamento dos mercados financeiros, redes de transporte, impostos e redes de energia, bem como dos organismos públicos que protegem a saúde e a segurança dos seus cidadãos.

Com este crescimento surgem riscos cada vez maiores, bem como oportunidades. As ameaças persistentes avançadas reflectem os riscos colocados pelos adversários com a sofisticação, recursos e determinação para causar danos reais e permanentes, explorando a arquitectura das redes e do ciberespaço em si. A maior ameaça é o envolvimento do Estado. Enquanto um phisher desonesto ou ataque de malware podem ser o equivalente criminal de um assaltante de rua, os ataques patrocinados pelo Estado usam todos os recursos e sofisticação tecnológica de James Bond. A resistência é extremamente difícil e esses ataques são muito difíceis de atribuir a alguém, pois eles podem ser encaminhados através de qualquer país ou escritos em qualquer idioma.

Uma vez que a Internet é uma tecnologia em evolução que encerra um enorme potencial e vulnerabilidades, os problemas de cibersegurança têm também impacto nas questões de liberdade na Internet, na arquitectura das redes e no potencial económico do ciberespaço. Estamos no início de uma nova e perigosa era da ciberguerra e os governos devem ser encorajados a cooperar a fim de identificar e punir os criminosos. Mas não sejamos ingénuos sobre isso; eles estarão simultaneamente envolvidos em espionagem cibernética uns contra os outros.  

Ameaças cibernéticas para 2013

 

Botnets na Nuvem



A tendência para mover a estrutura de computador para a nuvem (cloud) pode não só comprometer os dados, mas também ser usada para criar rapidamente um exército de computadores zombie, também conhecido como botnet.

Nos últimos anos, o continente africano tornou-se altamente ligado à rede mas muitos dos sistemas operativos utilizados são pirateados, o que significa que não recebem actualizações de segurança. Portanto, África é um grande alvo para hackers e está a ser usado como base para atingir outros países –utilizando ataques de comando e controle, negação de serviço, phishing, e spam.

O novo cabo submarino de fibra óptica ao longo da costa leste da África permitiu um rápido crescimento no número de utilizadores com ligações de alta velocidade à Internet, criando uma grande oportunidade para os atacantes infectarem máquinas novas e criar novos bots. Um número crescente de utilizadores em países servidos pelo cabo teve acesso a ligações de banda larga, mas sem a consciência sobre a necessidade de protecção dos seus computadores, abrindo uma nova frente para as botnets.

Agora, os africanos não estão a atacar, estão a ser atacados e usados. Se as empresas em África ainda conseguem alguma segurança, os utilizadores governamentais e utilizadores finais estão totalmente expostos devido a uma falta de consciência e dinheiro para investir em software legítimo e seguro.